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Impacto das eleições 2018 nas eleições 2020


Uma das perguntas que mais escuto em relação às eleições de 2020 envolve o potencial de vitória para candidatos conhecidos com “outsiders” (nomes que não são políticos “tradicionais”), já que em Minas Gerais tivemos uma das maiores surpresas das eleições 2018 para governador. Se avançarmos além Minas, até mesmo para as eleições para Presidente e Senado, podemos considerar que, de forma geral, o recado foi na direção da busca pela novidade. 

            Mas e aí? Qual o impacto dos resultados de 2018 em 2020? 

            É importante se considerar que a preferência por novos nomes, que já vinha crescendo desde as últimas eleições, atingiu o seu ápice em 2018 e, portanto, a tendência é que o potencial para candidatos “outsiders” permaneça elevado ou até aumente ainda mais. Agora, isso não quer dizer que está tudo decidido. Serão milhares de eleições municipais, com características distintas, localidade por localidade, o que gera a necessidade de análises específicas para cada município. 

Mas, de forma geral, podemos listar três fatores que terão reflexos nesta questão dos “outsiders”: 

  • O primeiro fator relacionado a estas questões envolve a avaliação que a população terá em relação aos novos nomes que estão assumindo os cargos de governador. Se eles se saírem bem, os “outsiders” têm tudo para se tornarem ainda mais competitivos, enquanto que, obviamente, o contrário também tende a ser verdade, porém, com visão pessoal de que seria menos intenso. Ainda há um pouco de crédito junto à população em relação aos novos governantes. 
  • O segundo fator envolve a atuação do Presidente Jair Bolsonaro, em que sua performance junto à opinião pública se assemelhará ao potencial dos “outsiders”. Quanto melhor a atuação do presidente, maior o potencial de busca do eleitor por novos nomes. É importante frisar que será levado em conta pelo eleitor uma avaliação de, ao menos, seis meses de mandato para que sua percepção comece a se cristalizar. 
  • O terceiro fator e talvez o mais preponderante trata da persona do “outsider”. De nada adianta que os “novos” políticos estejam com administrações positivas se o candidato “outsider” local não for lá grandes coisas. 

   Por fim, é importante entender a forma como a população local reage a estas questões, se são mais liberais ou mais conservadores, se estão em busca de novas opções, quais as experiências passadas que tiveram na administração pública, enfim, é preciso um diagnóstico dessa população para que as estratégias de campanha possam absorver e incorporar estas características. 

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